quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A diferença entre um "gnóstico" e um "crente".

Estas perdido enquanto segues alguem.

grande diferença entre um "gnóstico" e um "crente". O gnóstico sabe por experiência direta; não precisa seguir ninguém, nem a religião, nem a ciência. Já o crente é um seguidor, e, tudo que julga saber é extraído do trabalho de terceiros; é alguém sem idéias próprias; alguém que não aprendeu a pensar por si mesmo.

Um gnóstico não tem opiniões; ele vivencia por si mesmo as verdades e realidades do mundo, da vida e do universo. Um crente só tem opiniões porque jamais experimentou coisa alguma por si mesmo. Somente se limita a ler, a acreditar e a seguir teorias e dogmas - sejam eles científicos, filosóficos ou religiosos.

Ao contrário do que dizem os inimigos da Gnose, o gnóstico não é um fanático nem um inimigo social ou das religiões. Um gnóstico, simplesmente, quer saber por si só, diretamente, sem intermediários, e ir além da esfera das opiniões pessoais e das especulações meramente intelectuais. O gnóstico trabalha com capacidades desconhecidas de cognição que estão dentro de si para experimentar diretamente as grandes verdades do mundo real.

 

Todas as controvérsias que surgiram nos primeiros tempos do cristianismo – e que ainda são alimentadas no mundo moderno - são devidas, justamente, ao fato de a Gnose designar um conhecimento mais profundo das verdades dogmáticas que eram apresentadas aos fiéis da época. Teódoto, por exemplo, conceituava que "a filosofia gnóstica é como uma espécie de visão imediata da verdade", ou seja - e isso é muito importante: gnose é algo distinto da simples erudição adquirida através de leituras e estudos teóricos. Especialmente nos dias atuais, quando a ciência e a educação preconizam um conhecimento puramente intelectual, empírico e mecânico, isso se torna importante.

Sem nenhum ranço de fanatismo, e apenas para salientar um aspecto da gnose em seu mais exaltado grau, o fato é que as lideranças políticas e religiosas de todos os tempos sempre temeram e detestaram a gnose e os gnósticos justamente por causa da implicação social das possibilidades que esse conhecimento oferece: um gnóstico não depende de ninguém e de nada porque se desapegou de tudo e de todos; vive de Deus e para Deus.

Para melhor compreender a profundidade das implicações dessa realidade, basta examinarmos algo da história e das tradições religiosas antigas. Por exemplo, Jesus respeitava as leis, a sociedade, a família, o governo, tudo. Mas, não era dependente do sistema religioso da época. Reuniu tal poder em si mesmo que, literalmente, podia tudo. Moisés, pelo poder divino que reuniu em si, conseguiu libertar o povo judeu do cativeiro no Egito, contra a vontade do Faraó. Buddha, quando conheceu a realidade da vida, largou tudo e buscou a iluminação (ou libertação do jugo e dos poderes da matéria). Enoch, pela sua fé e devoção, foi levado ao céu em corpo e alma. Isaías foi serrado ao meio porque se negou a comer alimento servido aos ídolos ou falsos deuses. Sócrates tomou cicuta e morreu feliz defendendo suas idéias até o último instante. Jâmblico, o grande mago, podia materializar Anjos e Deuses, e com eles conversava frente a frente. Samael Aun Weor, no século XX, devotou toda sua vida a aplainar os caminhos e a preparar o terreno para a vinda do Cristo em Aquário.

O Evangelho da Verdade provavelmente foi escrito em grego entre 140 e 180 da era cristã por gnósticos. O texto já era conhecido por Ireneu de Lyon, que argumentou contra o seu conteúdo e o declarou herético. Ele afirmava ainda que ele era uma das obras dos discípulos de Valentim[1] e que era o mesmo "Evangelho de Valentim" mencionado por Tertuliano emContra Todas as Heresias[2]. A similaridade deste com outros trabalhos que se imagina serem dele e de seus seguidores fazem com que muitos especialistas concordem com Ireneuneste ponto.


Então os seguidores de
Valentim, livres de todo medo, apresentam suas próprias composições e se vangloriam de ter mais Evangelhos do que os que de fato existem. A sua audácia foi tão longe que eles entitulam a sua mais recente composição "O Evangelho da Verdade", embora ele se pareça em nada com os Evangelhos dosApóstolos, e assim nenhum Evangelho deles está livre da blasfêmia. Pois se o que eles produzem é o Evangelho da Verdade, e é tão diferente daquele que osapóstolos nos deixaram, aqueles que quiserem podem entender como se pode demonstrar pelas próprias Escrituras que aquilo que nos é deixado pelos apóstolos não é o Evangelho da Verdade.[1]

ARCONTE - (ARCHON) - Antigo magistrado grego ou magistrado da antiga Athenas. Também legislador ou executor de leis. (Etmologia: arch - arca, antigo arcaico, ou arco). Utiliza-se na Gnose como seres superiores bons ou maus como os Senhores deste Mundo, no sentido de Senhores do Mal, Satan, o Arconte. Diz o Senhor Jesus Cristo a Tiago: "… Mas deixe Jerusalém. Pois é ela que sempre dá uma taça de amargura aos filhos da luz. Ela é um lugar onde habitam um grande número de Arcontes. Mas sua redençao será preservada deles. E então poderás entender quem eles são e de que tipos eles são, voce irá […] E ouça: eles não são […] mas […Arcontes]. Estes doze […] para baixo […] Arcontes […] sobre seus próprios sete dias da semana." (extraído do Primeiro Apocalipse de Tiago, fragmentos de texto Gnóstico encontrado em Nag Hammadi)

A enganação dos nomes

Os nomes dados às coisas do mundo são muito enganadores, pois desviam nossos pensamentos do que é correto para o incorreto. Assim, quem ouve a palavra "Deus" não percebe o que é correto, mas sim o incorreto. O mesmo ocorre com "Pai", "Filho" e "Espírito Santo", "Vida", "Luz", "Ressurreição", "Igreja" e tudo o mais. As pessoas não percebem o que é correto mas sim o incorreto, a menos que tenham aprendido o que é correto. Os nomes que se ouvem estão no mundo ... enganam. Se estivessem no reino eterno (eon), não seriam jamais usados como nomes no mundo. Tampouco foram colocados entre as coisas do mundo. Eles têm um propósito no reino eterno.
Só há um nome que não se pronuncia no mundo, o nome que o Pai deu ao Filho, (pg 143) e que está acima de todas as coisas: o nome do Pai. Pois o Filho não se tornaria Pai, a não ser que usasse o nome do Pai. Aqueles que têm este nome conhecem-no, mas não o pronunciam. Mas, aqueles que não têm este nome não o conhecem.
A verdade fez com que os nomes surgissem no mundo por nossa causa, pois não é possível aprendê-la sem estes nomes. A verdade é uma única coisa; é muitas coisas por nossa causa, para nos ensinar com amor sobre esta coisa una por meio de muitas coisas. Os regentes (arcontes) queriam enganar o homem, porque viram que ele tinha parentesco com aqueles que são verdadeiramente bons.
Eles tomaram o nome daqueles que são bons e deram-no aos que não são bons, para que, por meio dos nomes, pudessem enganá-los e vinculá-lo aos que não são bons.
E, depois, que favor os nomes lhes prestam! Fazem com que sejam tirados daqueles que não são bons e colocados entre os que são bons. Eles sabiam estas coisas, porque queriam apoderar-se do homem livre e torná-lo seu escravo para sempre.

Há poderes que ( ... ) o homem, não querendo que ele seja (salvo), para que eles possam ( ... ). Porque se o homem for (salvo, não haverá) nenhum sacrifício ( ... ) e não serão oferecidos animais aos poderes.

Na verdade, eram aos animais que eles ofereciam sacrifícios. Eles eram realmente oferecidos vivos, mas quando os ofertavam eles morriam. Quanto ao homem, ofereceram-no morto a Deus, e ele viveu.

O Evangelho de Felipe

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gnose

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